domingo, 18 de setembro de 2016

A Paz de S. Jorge - The Peace of S. Jorge


Fajã dos Cubres
São Jorge - Sítio de gente, terra e clima generosos.
A semana aqui está a acabar. Andámos de fajã em fajã, de paraíso em paraíso. Aqui tudo cresce e já é difícil enumerar o que apanhámos em espaços públicos para comermos. Figos (dos bons), uvas, amoras, um fruto pequeno amarelo que parecem marmelos mas não são, couve, salsa, capuchinhas, beldroegas, tomates, funcho e espinafres neozelandeses.
Andar à boleia também tem sido uma experiência fantástica e, que para mim é uma novidade. Para a Rita nunca foi tão fácil. Sentimos que podemos ir para todo o lado desta forma. Hoje já foram cinco, as boleias que apanhámos. Gente boa que anda predominantemente de pick-up. Quando achamos que uma certa classe não nos dá boleia, assim acontece para nos contrariar. Como foi com os estrangeiros, as mulheres e hoje até um bombeiro no seu carro de serviço.
Nos Açores não há grandes luxos mas também não há mendigos nem vemos gente que passe dificuldades. E acho que isto diz muito do sítio.
Não é fácil andar com a casa às costas a dormir cada noite em um sítio diferente e passar 24 horas com alguém mas sinto-me muito calmo. Às vezes em certas localidades, só se ouvem as moscas, e, vá lá, um mugir aqui e além. Esta paz é inigualável.

Fajã da Caldeira de S. Cristo

Pôr do Sol na Fajã dos Vimes
São Jorge - Place of generous people, land and climate.
The week is ending here. We went from fajã to fajã, from paradise to paradise. Here everything grows and it is already difficult to enumerate what we have picked up in public spaces to eat. Figs (of the good ones), grapes, blackberries, a small yellow fruit that looks like quinces but are not, cabbage, parsley, nasturtiums, purslane, tomatoes, fennel and New Zealand spinach.
Hitchhiking has also been a fantastic experience, and for me it's a novelty. For Rita it has never been so easy. We feel we can go everywhere this way. Today there were five, the hitchhikers we picked up. Good people who rides predominantly pick-ups. When we think that a certain class does not give us a ride, it does not contradict us. As it was with foreigners, lonely women and even a fireman in his service car.
There are no great luxuries in the Azores, but there are no beggars either, and we do not see people struggling. And I think this says a lot about the place.
It is not easy to walk with the house on your back, sleeping every night in different place and spend 24 hours with someone but I feel very calm. Sometimes in certain villages, you can only hear the flies, and, come on, a moo here and there. This peace is unequaled.

À espera de boleia na fajã de S. João

Sem comentários:

Enviar um comentário